sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
Viva a Diferença!
A ÁRVORE DE CABEÇA PARA BAIXO
(Uma história da Costa do Marfim)
Nos primórdio da vida, o Criador fez surgir tudo no mundo. Ele criou primeiro o baobá, e só depois continuou a fazer tudo existir.
Mas ao lado do baobá havia um charco. O Criador havia plantado o primogênito bem perto de sua região alagadiça. Sem vento, a superfície daquelas águas ficava lisa como um espelho. O baobá se olhava, então, naquele espelho d’água. Ele se olhava, se olhava e dizia insatisfeito:
― Por que não sou como aquela outra árvore?
Ora achava que poderia ter os cabelos mais floridos, as folhas, talvez, um pouco maiores.
O baobá resolveu, então, se queixar ao Criador, que escutou por uma, duas horas as reclamações. Entre uma queixa e outra, o Criador comentava:
― Você é uma árvore bonita. Eu gosto muito de você. Me deixe ir, pois preciso continuar o meu trabalho.
Mas o baobá mostrava outra planta e perguntava: Por que suas flores não eram assim tão cheirosas? E sua casca? Parecia mais a pele enrugada de uma tartaruga. E o Criador insistia:
― Me deixe ir, você para mim é perfeito. Foi o primeiro a ser criado e por isso, tem o que há de melhor em toda a criação.
Mas o baobá implorava:
― Me melhore aqui, e um pouco mais ali...
O Criador, que precisava fazer os homens e os outros seres da África, saía andando. E baobá o seguia onde quer que ele fosse. Andava pra lá e pra cá. (E é por isso que essa árvore existe por toda a África.)
O baobá não deixava o Criador dormir. Continuava e continuava, e continuava sempre a implorar melhorias.
Justo a árvore que o Criador achava maravilhosa, pois não era parecida com nenhuma outra, nunca ficava satisfeita! Até que, um dia, o Criador foi ficando irritado, irritado, mas muito irritado, pois não tinha mais tempo pra nada. Ficou irado mesmo. E aí então virou para o baobá e disse:
― Não me amole mais! Não encha mais a minha paciência. Pare de dizer que na sua vida falta isso e aquilo. E cale-se agora.
Foi então que o Criador agarrou o baobá, arrancou-o do chão e o plantou novamente. Só que... dessa vez, foi de ponta-cabeça, para que ele ficasse de boca calada.
Isso explica sua aparência estranha; é como se as raízes ficassem em cima, na copa. Parece uma árvore virada de ponta-cabeça!
Até hoje dizem que os galhos do baobá, voltados para o alto, parecem braços que continuam a se queixar e a implorar melhorias para o Criador. E o Criador, ao olhar para o baobá, enxerga a África.
(São Paulo: Salamandra, 2005. P. 14-17.)
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Planejando o primeiro dia de aula
Vida de professora não é nada fácil! Mesmo de férias precisamos nos organizar para o início de mais um ano letivo, só assim, dormiremos tranquilas...
Neste blog vou postar as minhas atividades em sala de aula, bem como fotos e vídeos de atividades interessantes durante o ano!!! Serão muitas... Aguardem...
Para começar o ano, além de todas as atividades de praxe; como uma dinâmica de aproximação pra "quebrar o gelo" e uma boa conversa sobre regras, eu gosto de atividades que dizem respeito à diversidade, isso faz com que as crianças se sensibilizem e respeitem os colegas. A dica de texto é: A árvore de cabeça para baixo (Uma história da Costa do Marfim), de autoria de um escritor africano chamado George Gneka. Ela faz parte do livro A semente que veio da África, do qual são autores além de George Gneka, também o africano Mário Lemos e a brasileira Heloisa Pires Lima. Todas as histórias do livro falam do baobá, uma árvore muito comum na África. O baobá pode chegar a ter 20 metros de altura, pode viver mais de 2 mil anos e seu tronco pode medir mais de 10 metros de diâmetro. Mais informações no site:
http://thelifescience.wordpress.com/2010/06/21/baobas-as-arvores-de-cabeca-para-baixo/. Outras dicas: Música de Toquinho Deveres e Direitos. Os livros: Flicts, do Ziraldo e Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado.
Crianças: iguais são seus deveres e direitos.
Crianças: viver sem preconceito é bem melhor.
Crianças: a infância não demora, logo, logo vai passar,
Vamos todos juntos brincar.
Crianças: viver sem preconceito é bem melhor.
Crianças: a infância não demora, logo, logo vai passar,
Vamos todos juntos brincar.
Meninos e meninas,
Não olhem religião nem raça.
Chamem quem não tem mamãe,
Que o papai tá lá no céu,
E os que dormem lá na praça.
Não olhem religião nem raça.
Chamem quem não tem mamãe,
Que o papai tá lá no céu,
E os que dormem lá na praça.
Meninos e meninas,
Não olhem religião nem cor.
Chamem os filhos do bombeiro,
Os dois gêmeos do padeiro
E a filhinha do doutor.
Não olhem religião nem cor.
Chamem os filhos do bombeiro,
Os dois gêmeos do padeiro
E a filhinha do doutor.
Meninos e meninas,
O futuro ninguém adivinha.
Chamem quem não tem ninguém,
Pois criança é também
O menino trombadinha.
O futuro ninguém adivinha.
Chamem quem não tem ninguém,
Pois criança é também
O menino trombadinha.
Meninos e meninas,
Não olhem cor nem religião.
Bons amigos valem ouro,
A amizade é um tesouro
Guardado no coração.
Não olhem cor nem religião.
Bons amigos valem ouro,
A amizade é um tesouro
Guardado no coração.
Os filmes: Shrek, 1, 2 e 3.
O anúncio da AVAPE: http://4.bp.blogspot.com/_ViJghWjx6yw/SpXUXt-CkdI/AAAAAAAABt8/QeZcCaHjMKk/s400/avape.jpg
Para finalizar a aula seria interessante produzirmos um texto coletivo de opinião e divulgá-lo em uma espécie de jornal mural na escola...
Fiquei animada com essas dicas!!!
Quem colocá-las em prática, por favor, me mandem o resultado!!!
Abraços.
Gabriela Mello e até a próxima...
Assinar:
Postagens (Atom)