Dona Chiquinha, a mexeriqueira de Xique-
xique
Dona Chiquinha era uma velhota
boateira e tagarela. O marido, seu Honório, era um homem sério e caladão.
Por isso os dois viviam brigando .
E
tanto brigaram que seu Honório resolveu montar uma armadilha para
dona Chiquinha.
Um
dia ele trouxe para casa uma trouxa muito bem amarradinha que
ele a escondeu no armário.Dentro da
trouxa havia um ovo bem grande de perua.
À
noite seu Honório esperou que dona Chiquinha pusesse seus papelotes,
deitasse na cama e pegasse no sono.
Então ele trouxe o ovo
para a cama e acordou dona Chiquinha aos gritos.
--
Acorde, Chiquinha, olhe o que me aconteceu !
--
O que foi, o que foi ,Honório ?
--
Chiquinha, Chiquinha, olhe só ! Eu botei um ovo !
Dona
Chiquinha ficou muito espantada.
Seu
Honório preveniu :
--
Veja lá, hein, Chiquinha. Não vá contar isso para ninguém !
--
Eu, Honório ? Deus me livre ! Eu sou incapaz de contar um segredo
! Eu sou ..
.
--
Já sei – interrompeu seu Honório – Você é um túmulo !
De
manhã, como todos os dias, seu Honório foi trabalhar.
Dona
Chiquinha, já sabe ! Correu para a casa da comadre para fuxicar.
--
Comadre, nem queira saber ! – e contou tudinho para
a comadre, com uma porção de detalhes, que
era
para a história ficar mais interessante. E
naturalmente pediu à comadre o maior segredo.A comadre, dona
Trudinha,
respondeu ofendida:
--
Mas é claro, Chiquinha, é claro que eu guardo segredo ! Você pode confiar em
mim ! Eu sou um túmulo !
Quando
dona Chiquinha saiu, a comadre, já sabe ! Correu para a casa da irmã dela.
Assim,
o dia todo, aquela história tão absurda foi contada de casa em casa, por
toda a cidade.
E, quem conta um conto, aumenta um ponto...
Quando
o coitado do seu Honório chegou em casa à noite, havia uma multidão na
porta da casa dele. Ele até
assustou pensando que tivesse acontecido alguma
coisa a sua mulher !
Então ele encontrou
um conhecido e perguntou o que havia.
--
Pois você não sabe ? Aí na rua tem um sujeito que bota ovos à noite.
Dizem que só esta noite ele botou
pra mais de três dúzias...
Seu
Honório não sabia se ria ou chorava.
De
longe, ele viu dona Chiquinha, toda atrapalhada, tentando explicar o
caso como ela podia...
Ele
então resolveu ficar fora por uns tempos e deixar que a mulher se
arranjasse como pudesse.
Quando
ele voltou, dona Chiquinha nem tocou no assunto. E nunca mais
dona Chiquinha saiu mexericando pelo Xique – xique...
Ruth
Rocha
A partir do Conto, faça uma análise contextualizada com a tela do pintor Rockwell
Para finalizar, você pode criar a sua própria obra de arte acessando o seguinte link: http://www.jacksonpollock.org/
Utilizando a técnica de Pollock podemos criar imagens que pode se transformar em uma obra de arte. No entanto, é muito difícil conduzirmos os efeitos da pintura. De certa forma, podemos compará-la à fofoca, que vai se espalhando e respingando sem que possamos controlá-la como gostaríamos.
Pollock foi muito importante para o 'dripping'; o quadro "UM" é um exemplo dessa técnica. Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro. Pollock parte do zero, do pingo de tinta que deixa cair na tela elabora uma obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não usa mais pincéis.
A arte de Pollock combina a simplicidade com a pintura pura e suas obras de maiores dimensões possuem características monumentais. Com Pollock, há o auge da pintura de ação (action painting).
Uma ótima atividade para trabalhar a linguagem visual.
Boa diversão!
Clique o link http://www.jacksonpollock.org/ para abrir o recurso
Olá Gabriela,
ResponderExcluirA história de Dona Chiquinha é uma graça! Além da linguagem visual, você explorará bastante a linguagem oral também, através do reconto e da apresentação dos trabalhos de arte, o que acha?!
Um abraço,
Fabiano Camilozi - TD