quinta-feira, 20 de julho de 2017

Estágio Supervisionado


Quem foi a Professora Lourdes Silva?


Para seus ex alunos, Dona Lourdes foi uma mulher "corajosa e lutadora, que se deu por inteira à causa da educação. Aquela que não tem nunca a tarefa acabada. Aquela que o ócio abala, mas não derruba. Aquela que construiu uma cidade, não de pedras, mas de homens".

No livro Record...Ações, de autoria da própria Professora Lourdes, inicia, na página 1, descrevendo o seu nascimento, dando o nome ao capítulo de 1914, ano de seu nascimento:

"Em julho desse ano fatídico, estourava na Europa a primeira Guerra Mundial. Sangrenta como todas as guerras. Horrorosa como qualquer delas. 
O mundo todo lamentava a tragédia que enlutava os lares e destruía cidades [...]
Foi nesse clima de tensão nervosa que, a três de dezembro, nasceu na casa paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Abadia, uma criança do sexo feminino. Uma criança como qualquer outra. Moreninha, miudinha, (ia escrevendo feinha, mas tive pena dela).
Filha de Alfredo Godofredo e Maria Cristina da Silva, tomou na pia batismal, o nome de Lourdes. Quero dizer com tudo isso que acabo de lhes comunicar minha chegada a este mundo, mundo louco.
Dizem que abri os olhos muito precocemente. Seria já curiosidade? Sei lá... Poderia ser premonição?... Talvez".

Diante disto, havemos de convir que não poderia ser diferente. O primeiro ProInfância da cidade de Frutal recebeu como patrona (ou será patronesse?) a própria Lourdes Silva que desde muito cedo provou ser uma visionária, além de ótima e estudiosa professora. Pela sua dedicação à profissão recebeu várias homenagens em vida, entre tantas, possui inclusive uma associação de ex alunos. Com grande merecimento, inclusive! 

De todos os acontecimentos descritos no livro, Professora Lourdes, finaliza-o da seguinte maneira:

"Terminando este trabalho verifico que, meu ontem foi muito fácil de ser descrito. Os acontecimentos vinham-me à mente como se fossem um filme. Nitidamente. Sem confusões, tudo muito às claras. O hoje está corrente sem coisa alguma digna de nota. E o amanhã? nunca será atingido. Será sempre amanhã. É uma incógnita que "deixo p'rá lá". Entrego-o para Deus". (SILVA, p. 266, sem ano)



Sobre O Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lourdes Silva


Ao estudar os documento principais da Instituição que leva o nome da Sra. Lourdes Silva, entre eles, o Projeto Político Pedagógico, encontra-se o seguinte texto:

O Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lourdes Silva, foi criado no ano de 2008, pela Lei Municipal Nº 5.466, de 15 de setembro de 2008 e tem como Entidade Executora e Mantenedora, a Prefeitura Municipal de Frutal, inscrita no CNPJ: 18.449.132/0001-60.
Situado à Rua Valentim Ferreira de Queiroz Neto nº 625, na cidade de Frutal – Minas Gerais, o Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lourdes Silva, presta à sociedade de Frutal um atendimento na área educacional e assistencial às crianças de 4 meses a 5 anos, na Educação Infantil, à partir do regime de apoio socioeducativo e em período integral.
Levando-se em conta a realidade dos beneficiários e as metas da instituição, o presente Projeto Político Pedagógico, foi elaborado, com a participação de todos os educadores que, juntos, constroem o processo educativo da instituição. Para tal, foram consideradas as dimensões pedagógicas, comunitária e administrativa, envolvendo todos os segmentos, considerando o que as pessoas sentem, desejam e pensam dentro de um processo democrático.
O centro de todo trabalho educativo é a criança, sua família e o ideal de uma sociedade mais justa, solidária, que se abra aos valores e ao compromisso. Nesse sentido, foram realizadas reuniões para a elaboração do presente Projeto Político Pedagógico, caracterizadas por intensos estudos, partindo da realidade de conhecer melhor os educandos os quais o CEMEI atende, para que os objetivos e metas estabelecidos sejam alcançados com sucesso no trabalho educativo.
De acordo com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, que coloca a Educação Infantil como a primeira etapa da Educação Básica, atribuindo-lhe como finalidade: “a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até cinco anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (Art. 29), o Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lourdes Silva busca propiciar situações que possam contribuir para ressaltar a garantia da igualdade de tratamento e de respeito às diferenças.


IDENTIFICAÇÃO
1.1         Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lourdes Silva
Endereço:     Rua Valentim Ferreira de Queiroz Neto nº 625
                        Bairro: Jardim das Laranjeiras
                        Fone: (034) 3423-8028
                        CEP: 38.200.000
                        Frutal / MG
Localização: Zona Urbana

1.2         Mantenedora: Prefeitura Municipal de Frutal
Endereço: Praça Doutor França, 100
Bairro: Centro
Fone: (034) 3423-2800
CEP: 38.200.000
Frutal / MG

E-mail: gabinete@frutal.mg.gov.br


No Estágio Supervisionado

Estagiei em todas as salas da Instituição e tive uma ótima impressão do lugar e dos profissionais. As crianças e a comunidade escolar são participativas e responsáveis.
O estágio supervisionado que preparei foi sobre Contação de Histórias. Todas as crianças da Instituição se reuniram no patio e apresentamos para toda a escola. Cantei diversas músicas no auditório, ensinei algumas, encenei histórias como o conto de fadas A Branca de Neve e trabalhei conceitos e valores com a história "Aquarela, O palhaço que tinha medo do escuro, da autora Marta Moreira Mendes.
Fui muito bem recepcionada e as crianças participaram ativamente das atividades propostas. Propus um trabalho de pintura facial em cada uma das crianças e recebi o apoio de todos os docentes. Cada um dos alunos se sentiu o próprio Palhacinho Aquarela da história. Ao finalizar, cantamos e dançamos músicas com o tema do livro.












sábado, 6 de maio de 2017

Trabalho sobre paisagem

Neste trabalho selecionei a casa onde os meus avós maternos moram como um lugar que construí uma relação afetiva ao longo da minha vida.
Situada na Rua Coronel José de Paula, a construção foi inventariada e faz parte do patrimônio histórico da cidade de Frutal. Antes de ser a casa dos meus avós, era um posto de gasolina que foi reformado, por volta dos anos 70 e vendido ao meu avô, o Senhor José Américo Rodrigues Ferreira (Zé BHC).
Esta casa fica no centro da cidade, próxima à primeira rua e, onde, segundo a minha avó, todos os jovens, dos anos 60, faziam o “futim” - suponho que esta palavra seja uma gíria da época, dada à atividade de lazer que compreendia em andar, repetidamente, de um lado para o outro- na Rua Senador Gomes, a primeira rua da cidade.
A paisagem passou por mudanças e onde antes era o primeiro posto de gasolina, hoje é uma residência. As mudanças são nítidas. (Foto 1) 

                                                                              Foto 1

No térreo, foram construídas salas, hall, banheiro, copa,  garagem e uma grande escadaria com acesso ao segundo piso, onde ficam os quartos. Nos fundos, tem a cozinha e a área.   
É exatamente na escadaria e no terraço onde guardo boas lembranças das minhas brincadeiras de infância, escorregava pelo corrimão, brincava na rede dependurada no terraço e, de lá, via o mundo pela sacada que, se comparado ao meu tamanho, era altíssima e grandiosa assim como a minha alegria em lembrar meu tempo de criança.
Ao longo do tempo, lojas, bancos, hospitais, academias e prédios foram sendo construídos e, atualmente, é onde ainda se concentra o comércio e o lazer da cidade. Local, também, onde se pode encontrar traços de construções ainda do final do século XIX, das quais teimam em se misturar às construções contemporâneas.

Através dos nomes das praças, ruas e avenidas, Frutal guarda lembranças de muitos coronéis, comendadores e doutores que trabalharam para o progresso de Frutal e, até hoje, são respeitados pelo legado que deixaram para esta cidade.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Diário das minhas leituras

Ao ler um texto, tenho o hábito de estabelecer um raciocínio lógico de uma determinada unidade de leitura e, a partir daí, inicio a minha análise textual através de uma visão de conjunto que busco esclarecer, entre outros assunto; o vocabulário, as doutrinas do autor, os fatos, os autores citados e a esquematização do texto.

Após esta primeira impressão, passo para a análise temática para então compreender a mensagem que o autor quer passar, ou seja; qual o tema, o problema, a tese, o raciocínio e as ideias secundárias. 

Interpreto a mensagem do autor e suas situações filosóficas e influências que o levaram a escrever determinado texto. Diante disto, faço o levantamento dos pressupostos, associo a outras ideias semelhantes e mantenho uma visão crítica do texto.

Diante da minha análise interpretativa, formulo as minhas críticas. Ou seja, qual a originalidade do texto, qual o seu alance, sua validade e as contribuições trazidas por ele.

Finalmente, formulo um quadro sintético da mensagem com base na minha reflexão pessoal e vou juntando a esta primeira reflexão, vários outros pressupostos teóricos que dizem respeito a um mesmo tema e concluo para formular um artigo.

domingo, 15 de janeiro de 2017

A História da Educação Física: Primeiras aproximações


Ao longo da história, o corpo não era a preocupação central da Educação escolar. Nessa perspectiva, o corpo foi sempre considerado o lado selvagem, em oposição ao civilizado; o primitivo, em relação ao educado. De forma que o corpo seria um empecilho para o progresso cultural e intelectual.
Contrariando essa percepção, Faria Filho (1997) afirma que a escola desde a sua institucionalização - que, no Brasil, ocorreu em meados do século XIX, com o advento da Primeira República - teve sempre muito interesse pelo corpo de seus alunos. Contudo, esta preocupação sempre foi um mecanismo de coerção para atender a um dado momento histórico, cultural e política. Pois, “assim como a escola ‘escolarizou’ conhecimentos e práticas sociais, buscou também, apropriar-se de diversas formas do corpo e constituir uma corporeidade que lhe fosse mais adequada” (FARIA FILHO, 1997, p. 52).
O sociólogo Foucault investigou, por sua vez, os mecanismos de controle social em seu livro “Vigiar e Punir” (1989) os quais foram adotados nos séculos XVIII e XIX, na Europa, e conclui que a escola – assim como a penitenciária, a fábrica e o quartel – se encarregou de disciplinar e tornar os corpos mais dóceis, por meio de inúmeras estratégias, dentre as quais o uso de punição corporal.
No final do século XVII, a maneira opressora de educar os corpos das crianças pode ser constatada a partir de uma propaganda divulgada em cartazes espalhados pela cidade de Paris:

Máquina a vapor para a rápida correção das meninas e dos meninos, Avisamos aos pais e mães, tios, tias, tutores, tutoras, diretores e diretoras de internatos e, de modo geral, todas as pessoas que tenham crianças preguiçosas, gulosas, indóceis, desobedientes, briguentas, mexeriqueiras, faladoras, sem religião ou que tenham qualquer outro defeito, que o Senhor Bicho-Papão e a Senhora Tralha-Velha acabaram de colocar em cada distrito da cidade de Paris uma máquina [...] e recebem diariamente em seus estabelecimentos, de meio-dia às duas horas, crianças que precisam ser corrigidas. [...] Aceitam-se como internas crianças incorrigíveis, que são alimentadas a pão e água (FOUCAULT, 1989, p.30-31)

Atualmente, esta forma de educar é inconcebível, no entanto, naquela época, fazia parte dos interesses sociais e políticos para que se produzisse um corpo “civilizado”, “higienizado”, que atendesse o lema político, de modo a construir uma Nação e um estado próspero.
Mas é possível que algumas maneiras mais sutis de controle ainda sejam utilizadas nas escolas até hoje. Exemplos disso estão nos modelos arquitetônicos dos prédios escolares, na organização das carteiras em sala de aula, nas filas de meninos e meninas, nos ritos, na distribuição do tempo, no uso do uniforme, nos livros didáticos, nas chamadas, na exigência do silêncio, no sinal, no tom de voz dos professores, entre tantos outros exemplos que qualquer professor presencia diariamente nas escolas que trabalha.
Como o ser humano é cultural e histórico, tais valores foram se transformando com o passar do tempo. Mas, muitos ainda existem e são paradigmas difíceis de serem quebrados. A educação do corpo, na escola, sempre foi de cunho disciplinar e chegou a seguir os modelos militares. No entanto, a opressão, ainda é encontrada na prática de muitos professores, porém de forma velada e sutil.
O tratamento do corpo veio se adaptando, no decorrer do tempo, através da Educação Física e esta recebeu diversos formatos. Na década de 20, com a Escola Nova e sua pedagogia ativa, centrou a criança e seus valores nas condições sociais modernas através da ideia de que o aluno pudesse construir o seu próprio saber a partir da observação e experimentação.
Ainda nesta perspectiva, a Educação Física também veio para servir de ferramenta para o preparo do corpo para o trabalho.  Para desenvolver o espírito coletivo, a observação, a vista, a memória, a destreza e a habilidade necessários no trabalhador, o jogo passou a fazer parte dos conteúdos. Pois, esta é a prática da vida moderna e a proposta educativa deveria ser fundada nos valores da sociedade da época.
De certa forma, alguns hábitos se fazem necessários, desde que sejam esclarecidos, combinados, explicados e discutidos democraticamente entre os envolvidos, de modo que cada um compreenda a necessidade de determinada regra e sua importância para a manutenção da ordem e da justiça entre os seus semelhantes. Desta forma, todos terão o direito de refletir sobre o que é uma situação opressora e se comportar criticamente diante de seus direitos e deveres de cidadão político. Cabendo a cada um tanto aceitar o conhecimento imposto e reproduzi-lo como contestá-lo, por meio de diferentes táticas.

Referências:
FARIA FILHO, L. M. de. História da escola primária e da Educação Física no Brasil: alguns apontamentos, In: SOUSA E. S. & VAGO, T. M. (Org.) Trilhas e Partilhas. Belo Horizonte: Cultura, 1997.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1989.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Nem sempre Gabriela


Meus pais se casaram muito jovens e me tiveram logo que casaram. Não me lembro de muita coisa, mas, pelo que me contam, eu fui uma sobrevivente desta união que durou 30 anos. Tenho mais duas irmãs e sempre cuidei delas, em especial da mais nova, que era minha boneca de verdade.
Passamos algumas dificuldades financeiras, mas meus pais sempre trabalharam muito para sobrevivermos. Lembro-me muito da presença dos meus avós maternos e da minha tia Rosa, irmã do meu pai, que também é a minha madrinha. Estas figuras foram muito importantes na minha infância. Recordo-me também da engraçada Dona Neide, da sua filha Tataca e das férias na fazenda do meu avô. Lá que eu passava grande parte do meu tempo livre, misturada à molecada, sempre na sombra das mangueiras e de uma figueira, a qual, até hoje, ainda embeleza aquele lugar.
Outro ambiente que fez parte da minha infância foi a escola “A Sementinha”, que minha mãe era uma das proprietárias. Presenciei, de perto, cada passo profissional dela, por isso, ela é o meu maior exemplo de mãe, mulher e profissional. Ela foi minha professora. Uma professora muito enérgica que, no primeiro dia de aula, mandou que não a chamasse de mãe lá na escola, na frente dos coleguinhas de classe, mas que a chamasse de tia Gleiva. Fiquei meio intrigada com aquilo, confesso. No entanto, logo acostumei com a ideia e, hoje, entendo, o que na época, foi difícil de entender: não podia aproveitar da situação só porque a mãe era dona da escola e ponto. Grande lição!
Eu e a minha mãe sempre éramos a primeira a chegar e a última a sair da escola e, acostumada com aquela rotineira realidade, brincava sozinha ou com os filhos de uma das sócias dela, enquanto aconteciam as reuniões entre as professoras. Aquela escola era nossa, fazíamos o que queríamos. Brincávamos nas salas de aula, no parquinho e bebíamos todas as garrafinhas de guaraná Arco-íris - aquela de vidro verde- do barzinho da escola e, como não sabia usar o abridor, furava a tampa de metal com a faca e ainda dava uma torcidinha que era pra aumentar o furinho.
Havia outros professores tão bons quanto minha mãe e todas as atividades eram muito bem planejadas, pois se tratava de uma escola particular e ali estudavam alunos da classe alta da cidade e, mesmo com pouca grana, tive o privilégio de estudar nas melhores escolas da cidade.
Lembro-me dos desfiles cívicos e apresentações culturais e... lá estava a Gabriela, sempre no papel principal: Dançava, atuava, pousava e crescia... Crescia nesta “folia” de escola ser lazer. Sempre tive a escola como minha segunda casa, porque, em casa mesmo, só ia pra tomar banho, porque almoçava e jantava na casa do vovô Zé, que me tratava por “princesona do vovô”. No entanto, disputando a moela do frango com o meu tio Marcelo, passava meu tempo mexendo nas roupas e nas maquiagens da minha tia Gisele ou recebendo bons exemplos culturais do meu tio Marco Aurélio, o meu ídolo número 1.
Grandes foram as lições durante a minha infância, meu pai sempre foi aquele que “quebrava o climão” da realidade com o seu modo alegre de viver, rindo e fazendo piada das situações mais conflitantes. Ele foi e sempre será a minha válvula de escape, foi o meu pai que sempre me mostrou como enxergar a parte otimista das coisas e, no final, este meu herói às avessas, sempre conseguiu se sair “na moralzinha” de todos os conflitos.
Minha família sempre foi unida e autêntica. Somos genuínos, vivemos de verdade e de forma intensa, aprendi que somos uns pelos outros até o fim.
 Hoje, aqui estou, colhendo alguns louros desta história de vida que me orgulho em contar. Sou professora, filha, mãe, esposa, amiga, irmã, sobrinha, nora, estudante... Porém, ainda que a minha essência seja única, nunca serei a mesma Gabriela, procuro ser melhor a cada dia.

domingo, 16 de outubro de 2016

Medidas de comprimento, área, volume, capacidade e massa.

Era uma vez uma menina.
Não era uma menina deste tamaninho.
Mas também não era uma menina deste tamanhão.
Era uma menina assim mais ou menos do seu tamanho.
E muitas vezes ela tinha vontade
de saber que tamanho era esse, afinal de contas.
MACHADO, Ana Maria. Bem do seu tamanho. 12 ed. Rio de Janeiro: Salamandra, 1991


Segundo Piaget, a criança não se preocupa com medições até aproximadamente 9 anos. Muito antes, contudo, ela já se envolve com medidas, embora de modo bastante informal. Por exemplo: ao verificar se é mais alta que o coleguinha, se a quantidade de refrigerante que ganhou é igual ao do irmão, entre outras comparações. Algumas situações, porém, exigem maior cuidado, como nos casos que é fundamental a precisão das medidas. Aí torna-se necessário o conceito de medida e suas aplicações.

Ainda de acordo com Piaget e seus seguidores, a criança de aproximadamente 9 ou 10 anos ainda não construiu significado para medida a não ser em situações concretas.

A partir dos 10 anos, aproximadamente, a criança começa a dar significado para o ato de medir e a observar a necessidade da medida para localizar a posição de um ponto sobre uma reta.

No entanto, no momento em que a criança chega à escola, o professor deve propor atividades prazerosas envolvendo medidas e grandezas, mesmo que esta noção requer uma longa preparação e uma sequência didática muito bem planejada por parte do professor.


O aluno pode, por exemplo, utilizar, inicialmente, medidas não-padronizadas para representar o tamanho da mesa e decidir qual será o melhor recurso para chegar ao seu objetivo.



Assim, é sempre importante que no 1º ano do Ensino Fundamental, idade da qual as crianças iniciam a construção de seu espaço representativo, ou seja, começam a tornar-se capazes de interiorizar suas ações, de falar sobre locais e objetos sobre os quais estão agindo, bem como representá-los por meio de ilustrações ou esquemas, é importante que a criança possa vivenciar diversas situações relacionadas com localização espacial e organização corporal, sempre acompanhadas de verbalização ou de representação gráfica, como nas ilustrações em quadrinhos acima.

Referências:
TOLEDO, Marília Barros de Almeida; TOLEDO Mauro de Almeida. Teoria e Prática de Matemática: como dois e dois, São Paulo: FTD, 2009.

sábado, 3 de setembro de 2016

JOGO DAS ABAS

PARA 1 a 2 JOGADORES
A PARTIR DOS 4 ANOS







CONTÉM
01 PLACA COM ABAS

VOCÊ PODE JOGAR DE DUAS FORMAS

JOGO DAS ABAS EM DUPLA OU SOZINHO

O PRIMEIRO JOGADOR VAI TOMANDO A LEITURA DO OUTRO
OU
VOCÊ PODE SE DIVERTIR SOZINHO PASSANDO AS ABAS E LENDO.

Este jogo está inserido no parecer descritivo da leitura e deve ser apresentado às crianças com etapas de desenvolvimento silábico-alfabético, pois tem como objetivo transformar o alfabetizando em ortográfico. Ou seja, com o jogo, o aluno aprenderá a escrever de acordo com o código social vigente